A queda de rendimento do Atlético-MG, que perdeu a invencibilidade na temporada e venceu apenas um dos últimos quatro jogos que disputou, gerou a suspeita de que há algo de errado no grupo comandado por Cuca. Porém, jogadores negam que o elenco alvinegro esteja ‘rachado’, apesar de admitirem discussões mais ríspidas durante as últimas partidas.
“As discussões sempre vão acontecer, não tem grupo rachado nenhum”, decretou o capitão atleticano Réver, logo depois da difícil vitória sobre o Tupi, por 1 a 0, no último sábado, que classificou o Atlético para a decisão do Campeonato Mineiro. O adversário da final será o América-MG.
O zagueiro admitiu, no entanto, que existe cobrança entre os jogadores, mas ponderou que não pode haver falta de respeito. “Se meu companheiro errar, eu não vou ficar passando a mão na cabeça dele. Também não quero que fique passando a mão na minha cabeça, quando eu errar”, afirmou.
Réver lembrou que os jogadores comemoraram juntos o gol marcado por André na vitória de sábado, que encerrou sequência de três jogos do Atlético sem vencer. Antes disso, o Atlético vinha de derrota para Goiás, por 2 a 0, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Foi o primeiro revés do time, que ficou 14 partidas sem perder em 2012.
“A gente tem o respeito muito grande pelo outro, mas ali dentro, em prol do time, a gente acaba falando coisas, que depois acaba pedindo desculpas. É como eu disse, aqui no Atlético não tem grupo rachado. Muito pelo contrário, nosso ambiente é muito favorável a essa campanha que a gente vem fazendo no Campeonato Mineiro”, reiterou o capitão atleticano, em entrevista veiculada pela TV Band Minas.
O jovem Bernard também negou que haja divisão no grupo atleticano, porém admitiu “conversas” mais duras durante os jogos. “A gente tenta ao máximo dentro de campo conversar um com outro, mas a conversa nossa às vezes não é da maneira que é para se conversar. A gente acaba gritando, é o medo de perder, é a cobrança que vai vir, então essa é a maneira de a gente conversar dentro de campo”, disse.
“Rachado a gente não está. A gente tem um grupo que é muito fechado, um grupo muito unido, então a gente está tentando resolver dentro do grupo as necessidades que a gente tem para suprir o mais rápido possível”, acrescento o meia-atacante.
Por Alan Beltrano
Fonte: uol.com.br
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