Após ter feito apenas um treino antes de sua estreia no São Paulo, que ocorreu na derrota por 2 a 0 para o Libertad, pela Copa Sul-Americana, o técnico Emerson Leão começou “efetivamente” o seu trabalho no Tricolor na manhã desta sexta. Antes do coletivo realizado por uma hora e dez minutos, o treinador reuniu o elenco no gramado e bateu pesado. Fez várias críticas, falou que algumas peças precisam voltar a jogar bem e, principalmente, pediu uma mudança urgente de postura da equipe em campo.
- Quando você não gosta do que viu, a obrigação é tentar melhorar. Não gostei do que aconteceu em Assunção e nem os torcedores. Dei uma alerta aos atletas, disse que ainda éramos felizardos porque tínhamos chance de brigar por objetivos maiores. Nós que definiremos o nosso futuro: se teremos férias com sorriso ou melancolia. Os atletas precisam ter responsabilidade dentro e fora do campo. Não posso trata-los com bebês ou ser babá – afirmou o treinador.
Sobrou aviso também para todos os garotos do clube. A diretoria do São Paulo sempre se vangloria das suas categorias de base, mas atualmente, Lucas vive má fase, Casemiro foi barrado por Adilson Batista após, segundo alguns dirigentes, se deslumbrar com a fama e com o novo contrato e Henrique pouco mostrou depois que renovou contrato.
- Quem dá o brilho são os jogadores. Alguns têm brilho próprio, outros precisam ser induzidos a mostrarem e é para isso que estou aqui. Mas quem tem brilho próprio precisa começar a mostrar. E podem ter certeza de que o Lucas vai começar a jogar – disse Leão.
Seria a volta então do termo "cascudo", usado pelo treinador na sua outra pasagem pelo clube em 2004 e início de 2005? Veio então nova crítica ao grupo atual.
- Não, isso não vai acontecer. Não existe o biotipo, não se faz cascudo sem um coração forte.
O treinador ressaltou que já percebeu algumas mudanças nesta sexta.
- Vocês observaram que a pegada foi maior no treino de hoje. É isso que eu quero, quero que jogue dessa maneira, que saia do treinamento com a perna dolorida. Por exemplo, eu nem sabia o tom de voz do Cícero porque ele não falava. Foi um treino mais barulhento, de mais comunicação. É dessa maneira que eu trabalho. Teremos um jogo difícil contra o líder, mas nada melhor para iniciar uma recuperação do que ganhar do líder – ressaltou.
Fonte:globoesporte.com
Postado por Guilherme Lourenço.
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