quinta-feira, 19 de abril de 2012

Confiança em todas as crenças Para chegar ao título inédito da Superliga Masculina, jogadores celestes apostam em superstições, manias e coincidências. E esperam igualar feito do time nos gramados.

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press. Brasil
Santo André – Superstições à parte, uma história do passado, que liga o vôlei ao futebol, serve de estímilo extra aos jogadores do Cruzeiro, que sábado vão decidir pelo segundo ano consecutivo o título da Superliga Nacional Masculina de Vôlei, desta vez contra o Vôlei Futuro. Ontem, os jogadores tomaram conhecimento de que a equipe da bola no pé, só se tornou campeã, pela primeira vez, fora de casa.

Foi assim com a Taça Brasil, em 1966, o primeiro título do time celeste em competições nacionais, e quando derrotou o Santos, por 3 a 2, no Pacaembu, e depois com a Copa Libertadores, em 1976, quando precisou do jogo extra, contra o River Plate, ganhando por 3 a 2, em Santiago do Chile. Agora, eles querem repetir no esporte da bola com a mão, o que o meio de rede Acácio chamou de “profecia”'.



''Vamos fazer cumprir essa história, dar prosseguimento a ela. Queremos, mais que nunca, repetir a história do futebol do Cruzeiro. E não tem ainda essa história de que o time da casa, raríssimas vezes conquista o título da Superliga. Pois é, o Vôlei Futuro é de São Paulo, onde será a final, dentro do estado deles”, afirma Acácio.

São muitas as histórias de superstição entre os jogadores. O único que diz não ter nenhuma é justamente o oposto Acácio. Mas não deixa de ter uma certa crença. “Não acredito nessas coisas. Mas se isso existe mesmo, que seja agora, com a gente. Aí, garanto, vou passar a acreditar em tudo.''

O levantador William é um dos que não abandona um costume. Sempre, nas decisões que disputou, deixou o bigode crescer, para homenagear o pai, que tinha o mesmo nome, William Arjona, morto no acidente com o Fokker 100, da TAM, em Jabaquara, em 1996. ''Eu sempre deixei o bigode, desde quando joguei na Argentina. Lá, fui campeão quatro vezes pelo Bolivar. Não vou abandoná-lo só porque perdemos a final do ano passado. Viemos aqui para buscar o título. Queremos fazer a coincidência da história com o futebol.''

Cada um tem ou tinha uma mania. O líbero Serginho, por exemplo, tinha mais de uma superstição. ''Eu sempre jogava com a mesma cueca, a mesma meia. Eu sempre as lavava depois de usar. É bom deixar isso claro. E tinha um outro hábito, que para muita gente pode paracer estranho, mas pra mim funcionava. Era com as joelheiras. Tinha de ser sempre o mesmo par e uma era do joelho direito e outra do esquerdo. Tem mais, tinha de colocá-las sempre da mesma forma.''

CAMISA 
Douglas Cordeiro, meio de rede, conta que só entra em quadra com o pé direito. ''Eu venho andando, no meio da fila, mas paro para colocar o pé direito primeiro. Mas tem outra coisa, que é a minha camisa. Só quem pode usá-la durante os jogos é meu filho. Nem meu pai, nem minha mãe, ou minha mulher podem fazê-lo. E sei também dessa mística de que os times mineiros não ganham o título em casa. Então está na hora de conquistarmos o título.''

O levantador reserva Daniel é católico e não dispensa as orações, e tem um ritual. “Estando ou não dentro de quadra, quando o jogo vai começar, beijo a medalhinha de Nossa Senhora e o crucifixo que carrego sempre no peito.”

''Então vai ser agora'', grita o ponteiro Maurício, na sala de embarque do Aeroporto de Confins, quando fica sabendo a história do futebol. O técnico Marcelo Méndez, que é argentino, diz que em seus país não existem essas crenças, mas que ele acredita nelas e torce para que ela se faça verdade nessa final. Outro ponteiro Filipe, diz que não tem nenhum ritual, mas conta que sua mulher tem. ''Ela não mexe comigo, me deixa relaxando. Faz tudo para que eu não tenha que me preocupar ou cuidar de nada. Diz que assim, jogo melhor. Mas torço para que essa história do futebol se repita com a gente.

ENQUANTO ISSO...
Hotéis diferentes para evitar problemas
Em decorrência dos problemas ocorridos nas semifinais da Superliga Nacional Masculina de Vôlei passada, quando a torcida cruzeirense foi acusada de homofobia por ter xingado o meio de rede Michael, do Vôlei Futuro-SP – o time mineiro eliminou o paulista -, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) colocou os dois times em hotéis diferentes, embora ambos em Santo André, outra cidade do ABC Paulista. o Cruzeiro está no Blue Tree, enquanto a equipe de Araçatuba foi colocada no Plaza Mayor, onde também ficará parte da equipe da entidade.

E MAIS...
No pódio
A premiação dos melhores da Superliga Nacional Masculina de Vôlei e das melhores equipes ocorrerá também no sábado, logo depois da partida entre Cruzeiro e Vôlei Futuro-SP. Haverá um pódio e pela segunda vez na história (a primeira na temporada 2008/2009) lá estarão duas equipes mineiras, o time celeste e o Minas, que terminou em terceiro lugar, já que a outra equipe eliminada nas semifinais foi o Rio. É que pelo regulamento da competição o MTC terminou a fase de classificação à frente do carioca. O time comandado pelo técnico Marcelo Fronckowiak foi o quinto, eliminando o quarto, o Florianópolis-SC nas quartas de final, enquanto o Rio foi o sétimo, passando pelo Sesi-SP.


Fonte:superesportes.com
Postado por Guilherme Lourenço.

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