Mesmo lesionado, Georges St-Pierre segue na mente da grande maioria dos lutadores da divisão meio-médio (até 77,5kg) do UFC. Até mesmo de quem está um pouco distante de uma disputa de cinturão, caso de Paulo Thiago. O lutador, que divide o tempo entre os treinamentos e a rotina como soldado do BOPE de Brasília, o Batalhão de Operações Policiais Especiais, é só elogios ao canadense, mas não vê a hora de chegar ao topo e ter uma chance de derrotá-lo:
- (...) Todo mundo está ganhando uma e perdendo outra, a categoria está bem disputada. E acho que estou no bolo, tenho chances também de chegar lá. E ninguém é invencível, uma hora o St-Pierre vai ter que perder para alguém, e espero que seja na minha vez.
Durante visita à sede do BOPE no Rio de Janeiro para promover um projeto social de jiu-jítsu para crianças e adolescentes, Paulo Thiago concedeu entrevista aoSPORTV.COM e fez uma breve análise da carreira. A melhor lembrança é a vitória sobre Josh Joscheck, quando estreou no UFC após obter dez triunfos em dez lutas em eventos brasileiros, como o Jungle Fight. Na ocasião, em fevereiro de 2009, ele ainda era um desconhecido no MMA e surpreendeu o mundo ao nocautear o americano no primeiro round. Mas, na sequência, a primeira decepção:
- A primeira derrota da minha carreira foi contra o Jon Fitch, logo após o Josh Koscheck, e se eu tivesse vencido acho que a luta seguinte seria pelo cinturão.
Recentemente, Paulo Thiago esteve escalado para enfrentar Myke Pyle no UFC 142, no Rio, mas uma lesão no cotovelo o impediu de participar do evento do dia 14 de janeiro. O desafio da vez é o afegão Siyar Bahadurzada, que ele vai encarar no UFC de 14 de abril, em Estocolmo, na Suécia. E o "Caveira", que revelou que deve seguir com o patrocínio do Cruzeiro, assim como no UFC 134, no ano passado, espera chegar "na ponta dos cascos". Veja a entrevista, na íntegra, a seguir:
SPORTV.COM: Como está sua preparação para o UFC da Suécia? Mudou alguma coisa?
PAULO THIAGO: Está toda sendo feita em Brasília, com todos os treinadores, na Constrictor Team, que é minha equipe. Estou muito confiante, está sendo tudo muito bem feito. Acho que vou chegar na ponta dos cascos para trazer essa vitória para o Brasil.
PAULO THIAGO: Está toda sendo feita em Brasília, com todos os treinadores, na Constrictor Team, que é minha equipe. Estou muito confiante, está sendo tudo muito bem feito. Acho que vou chegar na ponta dos cascos para trazer essa vitória para o Brasil.
O que você sabe sobre o Bahadurzada? Já o viu lutando? O que espera dele?
Já estudei, já vimos vários vídeos dele repetidas vezes. Vi que ele é um atleta duro, um cara da trocação, tem mãos pesadas, é um nocauteador. Mas é um lutador que tem falhas, que deixa alguns buracos no jogo dele. E é em cima desses buracos que a gente vai trabalhar para ir atrás da vitória.
Já estudei, já vimos vários vídeos dele repetidas vezes. Vi que ele é um atleta duro, um cara da trocação, tem mãos pesadas, é um nocauteador. Mas é um lutador que tem falhas, que deixa alguns buracos no jogo dele. E é em cima desses buracos que a gente vai trabalhar para ir atrás da vitória.
Como você se vê hoje dentro da categoria dos meio-médios?
Tive uma subida muito rápida. Fiz uma estreia contra o Koscheck, na época eu era desconhecido e me jogaram lá para cima do ranking. Depois tive uma derrota para o segundo do ranking, que era o Jon Fitch. Depois tive mais duas vitórias, fiquei perto de uma disputa de cinturão, mas dei uma caída. Agora é conseguir inverter essa fase ruim. No Rio consegui uma vitória e espero dar continuidade para voltar a estar entre os dez ali e ter minha chance de disputar o cinturão.
Tive uma subida muito rápida. Fiz uma estreia contra o Koscheck, na época eu era desconhecido e me jogaram lá para cima do ranking. Depois tive uma derrota para o segundo do ranking, que era o Jon Fitch. Depois tive mais duas vitórias, fiquei perto de uma disputa de cinturão, mas dei uma caída. Agora é conseguir inverter essa fase ruim. No Rio consegui uma vitória e espero dar continuidade para voltar a estar entre os dez ali e ter minha chance de disputar o cinturão.
Como você vê a sua categoria? O St-Pierre é o cara mesmo? Quem você vê hoje despontando?
Fora o St-Pierre, que é um lutador incrível e está há muito tempo com o cinturão, está todo mundo embolado. Todo mundo está ganhando uma e perdendo outra, a categoria está bem disputada. E acho que estou no bolo, tenho chances também de chegar lá. E ninguém é invencível, uma hora o St-Pierre vai ter que perder para alguém, e espero que seja na minha vez.
Fora o St-Pierre, que é um lutador incrível e está há muito tempo com o cinturão, está todo mundo embolado. Todo mundo está ganhando uma e perdendo outra, a categoria está bem disputada. E acho que estou no bolo, tenho chances também de chegar lá. E ninguém é invencível, uma hora o St-Pierre vai ter que perder para alguém, e espero que seja na minha vez.
Se ganhar a próxima luta, com quantas vitórias mais você acha que pode chegar à disputa de cinturão?
Já venho de uma vitória (sobre David Mitchell, no UFC 134). Se eu vencer essa e mais duas, acho que provavelmente fico perto de uma disputa de cinturão.
Já venho de uma vitória (sobre David Mitchell, no UFC 134). Se eu vencer essa e mais duas, acho que provavelmente fico perto de uma disputa de cinturão.
Você lutaria no Brasil novamente, mas se lesionou. O quanto isso te decepcionou?
Eu estava me preparando para lutar no Rio de novo, mas infelizmente tive uma pequena lesão, nada muito sério, mas estava muito próximo da luta. Mas é aquilo, né? Essas coisas acontecem. Espero que mais para frente eu tenha outra oportunidade de lutar no Brasil.
Eu estava me preparando para lutar no Rio de novo, mas infelizmente tive uma pequena lesão, nada muito sério, mas estava muito próximo da luta. Mas é aquilo, né? Essas coisas acontecem. Espero que mais para frente eu tenha outra oportunidade de lutar no Brasil.
Olhando para trás na sua carreira, a luta mais importante que você fez foi contra o Koscheck?
Acho que contra o Koscheck foi a mais importante. Eu era um lutador desconhecido, internacionalmente falando, e peguei logo de cara um cara como ele. Ganhei de uma forma inesperada, por nocaute no primeiro round, então isso já me mudou de desconhecido para top 10 do ranking. Acho que por causa dessa luta, depois só me deram pedreira. Então, foi a luta que mudou minha vida no UFC, com certeza.
Acho que contra o Koscheck foi a mais importante. Eu era um lutador desconhecido, internacionalmente falando, e peguei logo de cara um cara como ele. Ganhei de uma forma inesperada, por nocaute no primeiro round, então isso já me mudou de desconhecido para top 10 do ranking. Acho que por causa dessa luta, depois só me deram pedreira. Então, foi a luta que mudou minha vida no UFC, com certeza.
Na luta com o Diego Sanchez você começou muito bem e depois deu uma caída. Foi uma grande decepção?
Todas as minhas derrotas foram para lutadores muito duros, e todas as vezes em que perdi, se eu tivesse vencido, teria avançado muito na categoria. A primeira derrota da minha carreira foi contra o Jon Fitch, logo após o Josh Koscheck, e se eu tivesse vencido acho que a luta seguinte seria pelo cinturão. Depois eu estava vindo em uma sequência boa, tinha ganhado do Mike Swick e do Jacob Volkmann, aí estava perto de uma disputa de cinturão e perdi. E depois o Sanchez, que comecei muito bem, mas me compliquei, dei uma cansada, e perdi uma luta que estava praticamente nas minhas mãos. Mas apendi muito com essas derrotas. Isso faz parte da carreira de todo mundo.
Todas as minhas derrotas foram para lutadores muito duros, e todas as vezes em que perdi, se eu tivesse vencido, teria avançado muito na categoria. A primeira derrota da minha carreira foi contra o Jon Fitch, logo após o Josh Koscheck, e se eu tivesse vencido acho que a luta seguinte seria pelo cinturão. Depois eu estava vindo em uma sequência boa, tinha ganhado do Mike Swick e do Jacob Volkmann, aí estava perto de uma disputa de cinturão e perdi. E depois o Sanchez, que comecei muito bem, mas me compliquei, dei uma cansada, e perdi uma luta que estava praticamente nas minhas mãos. Mas apendi muito com essas derrotas. Isso faz parte da carreira de todo mundo.
Você está com 31 anos. Pretende lutar até quando?
Pretendo lutar o máximo que eu conseguir enquanto meu corpo aguentar. Não penso em parar. Enquanto meu corpo aguentar e eu for competitivo, eu quero estar lutando.
Pretendo lutar o máximo que eu conseguir enquanto meu corpo aguentar. Não penso em parar. Enquanto meu corpo aguentar e eu for competitivo, eu quero estar lutando.
E o patrocínio do Cruzeiro, vai acontecer na Suécia também?
Estamos conversando. Está caminhando para isso. Espero que aconteça.
Estamos conversando. Está caminhando para isso. Espero que aconteça.
Fonte:sportv.com
Postado por Guilherme Lourenço.
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