Foram quatro anos defendendo o Almería para Diego Alves, enfim, chegar a algum grande clube europeu. Contratado pelo Valencia para esta temporada, o goleiro tem cada vez mais moral na Espanha. Já ganhou fama de pegador de pênaltis, bateu recorde de jogos seguidos sem sofrer gols (sete ao todo) e agora leva vantagem no início da temporada contra os concorrentes da posição, sendo o titular dos dois jogos da Liga dos Campeões.
Segundo Diego Alves, a experiência adquirida no clube onde começou a carreira, o Atlético-MG, foi de fundamental importância para o crescimento. No Galo, ele passou por todas as situações possíveis, indo do inferno ao céu, e pôde aprender bastante.
- Dessa época eu sinto saudade da parte da torcida, de tudo o que eu vivi com o Atlético-MG, pois foram momentos especiais. Passei um momento difícil em 2005, que foi o rebaixamento (na Série A). Em 2006, tive a oportunidade de voltar com o time para a Série A e ser titular. Eu pude superar a pressão da própria torcida da minha própria equipe. O Atlético-MG foi a escola onde aprendi tudo que se vive dentro do futebol. Tenho saudade do calor da torcida, de tudo que eu vivi lá, e isso é algo que eu nunca vou esquecer - disse o goleiro, em entrevista ao"Expresso do Esporte".
Do Galo, um grande clube no Brasil, foi para o Almería, um pequeno da Espanha. Mas para quem achava que Diego Alves ia se meter em uma furada, acabou se enganando.
- Foi até importante, porque quando saí no Brasil houve muitos comentários dizendo que eu ia sumir, passar por situações difíceis. Mas acho que foi a abertura que eu consegui para entrar na Europa. Na época estava bem, tinha acabado de conquistar o título da Série B pelo Atlético-MG, mas para mim foi importante porque cheguei onde queria, que era a Europa. Não era o time que eu queria, mas foi a porta que eu tinha para entrar - contou.
Diego Alves chegou ao Almería, mas não pensava passar quatro anos lá. Conseguiu mostrar serviço e ganhar respeito. Bateu recorde de jogos sem sofrer gols (sete) na liga espanhola e conseguiu uma boa marca nos pênaltis. De 18, defendeu dez, e outros dois foram para fora.
Para ele, tudo isso é motivo de orgulho. Principalmente pela posição em que joga e também por ser estrangeiro.
- A gente, por ser estrangeiro, tem uma pressão diferente da dos outros. Sempre no começo é mais difícil, até você conseguir ganhar um pouco mais de respeito, ter a confiança da imprensa, de todos. Isso faz com que você trabalhe o dobro do que o jogador do país. E claro, por outro lado, se você faz o gol do título, vai bem, eles te valorizam da melhor maneira possível.
Quando chegou ao Almería, o volante Felipe Melo, que jogou a Copa de 2010, jogava no clube. Depois, chegaram Iriney, hoje no Betis, e Guilherme, atualmente no Atlético-MG. A presença de brasileiros facilitou na adaptação.
- Acho que todo jogador que vem para cá, a primeira coisa que tem que fazer é tentar entrar na cultura do país. Explorar a língua, tentar aprender o mais rápido possível. Já sei algumas coisas do país, mas no começo é sempre mais complicado. Tem a timidez, ficava um pouco com vergonha sem saber se eles iam entender. Mas passando esse período, tudo fica mais fácil - explicou.
Fonte:sportv.com
Postado por Guilherme Lourenço.
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