Na hora de medir as forças, ficou tudo igual. O atual campeão da Copa do Brasil bem que saiu na frente, mas não conseguiu superar o campeão brasileiro de 2010. O Vasco, que completou neste domingo 113 anos de existência, tentou dar um presente de aniversário dos bons à sua torcida. Mas esbarrou num Fluminense que mostrou poder de reação no segundo tempo e conseguiu arrancar empate por 1 a 1, no Engenhão, pela 18ª rodada do Brasileirão.
Juninho Pernambucano, de pênalti, e Rafael Moura, de cabeça, fizeram os gols da partida bem disputada, cujo resultado não foi bom para nenhuma das equipes. O Vasco sonhava ultrapassar o Flamengo e ficar na vice-liderança, e o Flu, em chegar mais perto dos primeiros colocados.
O Fluminense, que até então acumulava oito vitórias e oito derrotas no campeonato, conheceu seu primeiro empate desde o dia 24 de abril, quando ficou no 1 a 1 com o Flamengo pela semifinal da Taça Rio (sendo eliminado nos pênaltis). O adversário não poderia ser mais propício: dos últimos 20 duelos com o Vasco, 14 terminaram com igualdade no placar.
Os tricolores ocupam o nono lugar com 25 pontos, seis a menos - e um jogo a mais por disputar - do que o Botafogo, que hoje fecha a zona de classificação para a Libertadores. Voltam a campo na quarta-feira, para pegar o Santos de Muricy Ramalho, na Vila Belmiro, em partida adiada da oitava rodada. No sábado, pegam o Botafogo no Engenhão.
Vasco no ataqueOs cruz-maltinos se mantêm em quarto lugar pela quinta rodada consecutiva, com 34 pontos, três a menos do que o líder Corinthians. Antes do clássico no próximo domingo contra o Flamengo, que pode até valer a liderança, o Vasco terá pela frente o Palmeiras, no segundo confronto pela primeira fase da Copa Sul-Americana, na quarta-feira, em São Paulo.
Com a derrota do Corinthians no sábado para o Figueirense e os empates do São Paulo com o Palmeiras (1 a 1) e do Flamengo com o Inter (2 a 2), o Vasco entrou em campo sabendo que uma vitória o deixaria na vice-liderança, a um ponto do primeiro colocado. A ordem era vencer. A equipe entrou em campo com postura ofensiva, apesar dos dois desfalques de última hora para o clássico. O zagueiro Anderson Martins sentiu dores na coxa esquerda e foi vetado, e Felipe, com dores no joelho direito, será submetido a artroscopia e deverá ficar de 20 a 30 dias afastado dos gramados.
Renato Silva formou dupla com Dedé, vencedor da enquete da torcida para vestir a camisa 113 em comemoração ao aniversário do clube, e Juninho Pernambucano já tentava dar as cartas na armação quando, logo com três minutos de jogo, o lateral-esquerdo Julinho, após choque com Mariano, se contundiu. Tentou, sem sucesso, continuar na partida.
Cinco minutos depois, entrava Eduardo Costa, e o técnico Ricardo Gomes deslocava Jumar para a lateral. E foi por ali que o Fluminense passou a jogar, explorando ora o meia argentino Lanzini, ora o lateral Mariano, que criou a primeira boa chance de gol para Fred. Sozinho, o atacante bateu nas mãos de Fernando Prass. Pouco depois, o camisa 9 tricolor, em bola alçada na área, isolava num voleio outra boa oportunidade.
Polêmica e gol
Se a melhor jogada tricolor era pelo seu lado direito, os cruz-maltinos buscavam, também pela direita, a velocidade do atacante Eder Luis. Bem explorado por Juninho, o camisa 7 era quem mais incomodava a zaga do Flu, mas poucas chances de gol foram criadas. O lado esquerdo, com Jumar preocupado com as subidas de Mariano e um Diego Souza apático, não dava liga. Da mesma forma pelo lado adversário. Carlinhos dava pouca sequência às jogadas, Marquinho era peça nula e Rafael Moura estava bem marcado pela zaga vascaína, em que Dedé seguia soberano.
O jogo estava bem equilibrado quando um lance gerou reclamação dos tricolores. Em jogada de velocidade pela direita, Mariano deu o drible da vaca em Jumar e centrou. Fred girou e bateu para o gol. A bola resvalou na mão de Renato Silva. O árbitro considerou bola na mão e não marcou pênalti. Três minutos depois, a zaga do Flu se complicou: Diego Souza levantou na área de cabeça, Gum errou, e a bola sobrou para o até então apagado Alecsandro, que foi derrubado por Márcio Rozário. O árbitro marcou a penalidade máxima, apesar dos protestos. E coube ao jogador mais lúcido em campo abrir o placar: Juninho bateu com categoria, à esquerda de Diego Cavalieri, que nem apareceu na foto, aos 36 minutos. O camisa 8 havia marcado pela última vez no rival há 11 anos, em setembro de 2000, na vitória vascaína por 4 a 3.
A desvantagem deixou o Flu mais tenso. Com Lanzini mais apagado, faltava o homem da criação, justamente o que o Vasco tinha de sobra no jogo. Até Diego Souza, que havia começado mal, apareceu bem no fim do primeiro tempo em boa jogada individual e quase ampliou.
Reação tricolor
O Fluminense voltou melhor no segundo tempo. A primeira medida do técnico Abel Braga foi pedir forte marcação na saída de bola do Vasco, que começou a recuar. Dito e feito. Edinho e Valencia começavam a levar a melhor na disputa de bola do meio-campo contra Eduardo Costa e Romulo. Lanzini, mais pela esquerda, e Marquinho, enfim, passaram a aparecer. Até Gum foi à área tentar empatar de cabeça, mas Juninho, novamente ele, surgiu como o herói vascaíno, salvando em cima da linha.
Enquanto Fred desperdiçava lances tentando cavar pênalti, como o que recebeu após boa jogada de Lanzini, Rafael Moura chamava mais o jogo para si. E quando Carlinhos, finalmente, fez sua primeira boa jogada pela esquerda, o He-Man compareceu bem de cabeça e marcou, aos 16 minutos, o gol de empate tricolor, aproveitando-se da indecisão da zaga vascaína.
O gol, o sétimo do camisa 10 tricolor no campeonato, deu mais empolgação e fôlego ao Fluminense. Por outro lado, as melhores peças do Vasco, Juninho e Eder Luis, davam visíveis sinais de cansaço. Não foi à toa que Ricardo Gomes sacou os dois de uma tacada só, lançando Leandro e Bernardo.
Não deu muito resultado. O Flu seguia melhor na partida. Mas tinha pouco poder de conclusão. Abel resolveu arriscar. Pôs Rafael Sobis no lugar de Marquinho. O domínio da posse de bola não representou mais oportunidades de gol. Quem ficou mais perto de marcar no fim foi até o Vasco, com Fágner, que quase surpreendeu Diego Cavalieri. Os dois times buscaram a vitória até o fim, mas o empate acabou mais justo.
4-4-2
- GOLFERNANDO PRASS
- LADFAGNER
- ZADDEDÉ
- ZADRENATO SILVA
- LAEJULINHO
- VOLEDUARDO COSTA
- VOLRÔMULO
- VOLJUMAR
- MECJUNINHO PERNAMBUCANO
- ATALEANDRO
- MECDIEGO SOUZA
- ATAEDER LUIS
- MECBERNARDO
- ATAALECSANDRO
4-4-2
- GOLDIEGO CAVALIERI
- LADMARIANO
- ZADGUM
- ZAEMÁRCIO ROZÁRIO
- LAECARLINHOS
- VOLEDINHO
- VOLVALENCIA
- MECMARQUINHO
- ATARAFAEL SOBIS
- MECLANZINI
- ATARAFAEL MOURA
- ATAFRED
Postado por: Alan Beltrano
Fonte: GLOBOESPORTE.COM
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