Foi difícil, suado, mas o Peñarol, tradicional clube uruguaio, conseguiu vaga na final da Taça Libertadores após 24 anos (foi campeão em 1987, na última vez que foi finalista). Jogando no estádio José Amalfitani, em Buenos Aires, o time aurinegro foi derrotado por 2 a 1 pelo Vélez Sarsfield, mas ficou com a vaga por conta do gol fora de casa (vencera o jogo de ida, no Uruguai, por 1 a 0). Mier fez o gol do Peñarol, Tobio e Santiago Silva viraram. O Vélez ainda teve um pênalti, aos 30 do segundo tempo, mas Silva, que é uruguaio, bateu por cima do gol e jogou no lixo a chance de classificação da equipe argentina.
Santos e Peñarol reeditam desta forma a decisão da Libertadores de 1962. Naquela ocasião, o Peixe levou a melhor e se sagrou campeão da competição pela primeira vez. No primeiro jogo, em Montevidéu, vitória santista por 2 a 1. Depois, na Vila Belmiro, triunfo uruguaio por 3 a 2. A decisão foi então para campo neutro, no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, e o Santos levou a taça após vencer por 3 a 0.
Por ter feito melhor campanha que o rival na primeira fase, o Peixe terá a vantagem de jogar a segunda partida da grande final dentro de casa. O primeiro jogo está, a princípio, marcado para 15 de junho, em Montevidéu. A volta deve ser dia 22, no Brasil.
Uruguaios dominam no início
O Peñarol começou o jogo melhor que o Vélez. Logo com dois minutos, Martinuccio entrou livre e, cara a cara com Barovero, obrigou o goleiro a fazer grande defesa. O próprio Martinuccio, de cabeça, esteve perto de abrir o marcador novamente, aos 19.
Afoito, o Vélez não conseguia penetrar na bem postada defesa uruguaia. O time argentino se limitava a tentar bolas altas para a área, buscando o grandalhão atacante Santiago Silva, uruguaio que teve passagem apagadíssima pelo Corinthians, em 2002. Para piorar, o Vélez ainda perdeu o capitão Cubero, machucado. Tobio entrou em seu lugar. O Peñarol, por sua vez, era sempre perigoso quando buscava o ataque, principalmente com Martinuccio.
Aos 33 minutos, os visitantes abriram o placar. Ortiz afastou mal uma bola e, quando ela voltou em sua direção, furou ao tentar rechaçar pela segunda vez. Olivera recolheu e deu passe açucarado para Martinuccio, que limpou a marcação perto da entrada da área do Vélez. O camisa 10 então serviu Mier, no lado esquerdo. O meia bateu rasteiro e correu para o abraço.
Vélez tem gol mal-anulado
Com o gol, o Vélez passou a precisar marcar três vezes para ficar com a vaga. O time, enfim, acordou, e pressionou em busca do empate. Aos 41, após bela triangulação, Martínez empurrou para a rede, mas a arbitragem errou ao anotar impedimento e anular o gol argentino.
No último lance da etapa inicial, entretanto, o Vélez conseguiu empatar. Após falta batida em elevação para a área, Zapata raspou de cabeça, o goleiro Sosa deu rebote e Tobio entrou como um raio para deixar tudo igual. Festa no José Amalfitani.
Na volta para o segundo tempo, como era de se esperar, o Vélez tentou pressionar em busca dos dois gols que lhe valeriam a classificação. Entretanto, encontrou pela frente um Peñarol tranquilo e muito bem postado defensivamente.
Virada argentina na base da raça
Vendo seu time ameaçar apenas em bolas altas e chutes de longe, o técnico Ricardo Gareca, do Vélez, tratou de lançar o jovem Álvarez, que é comparado pela imprensa local a Kaká. O jogador melhorou levemente a movimentação ofensiva da equipe argentina, mas a penetração na defesa do Peñarol seguiu complicada.
Aos 20 minutos, o Peñarol teve uma grande chance de matar o jogo. Em rápido contragolpe, Martinuccio disparou pela direita e rolou de presente para Olivera, na grande área. O atacante chutou por cima do gol uma grande oportunidade.
No minuto seguinte, o Vélez virou. Após bola levantada na área, Martínez escorou para trás e Santiago Silva soltou a bomba de canhota. A bola ainda bateu no poste esquerdo de Sosa antes de entrar.
'El Tanque' chuta a vaga do Vélez nas nuvens
Com a torcida inflamada e precisando de mais um golzinho, o Vélez foi para cima. Nem mesmo a expulsão do zagueiro Ortiz, aos 24, freou o ímpeto do time argentino. Aos 30, Martínez roubou uma bola rente à linha de fundo e foi derrubado na área por Guillermo Rodríguez. Pênalti, que o artilheiro Silva se apresentou para bater. "El Tanque" escorregou na hora da cobrança e acabou isolando a bola, para desespero da torcida do Vélez.
Daí em diante, o panorama foi de ataque dos donos da casa e contragolpes do Peñarol. O placar, entretanto, não foi mais alterado e os uruguaios puderam comemorar a classificação.
Ficha técnica:
Barovero; Cubero (Tobio), Sebá Domínguez, Ortiz e Papa; Fernández, Canteros, Zapata (Ramirez) e Moralez (Álvarez); Martínez e Santiago Silva. | Sosa; Alejandro González, Valdez, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Freitas, Corujo, Aguiar e Mier (Estoyanoff); Martinuccio (Albin) e Olivera. |
Técnico: Ricardo Gareca. | Técnico: Diego Aguirre. |
Gols: Mier, aos 33, e Tobio, aos 45 minutos do primeiro tempo; Santiago Silva, aos 21 minutos do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Santiago Silva (VEL), Estoyanoff e Albin (PEÑ).Cartão vermelho: Ortiz (VEL). | |
Estádio: José Amalfitani, Buenos Aires (ARG). Data: 02/06/2011.Árbitro: Enrique Osses (CHI). Auxiliares: Francisco Mondría (CHI) e Patricio Basualto (CHI). FONTE:GLOBOESPORTE.COM Postado por Guilherme Lourenço. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário